A Saúde Coletiva consiste em um campo de saberes e práticas que compreende a saúde como um fenômeno coletivo, político, social, ambiental e econômico, determinado pelo modo e condições de vida da população brasileira. É preciso refletir o modelo de formação médica, pois, historicamente, o modelo biológico/clínico/flexneriano tornou-se hegemônico no processo de formação profissional nos cursos da área da saúde. A Saúde Coletiva busca romper com o paradigma tradicional dos cursos de medicina que são focados no modelo biologicista do processo saúde-doença.
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) possui como objetivo central atender as demandas da sociedade local e regional de modo a formar profissionais que sejam aptos a suprir as necessidades da sociedade brasileira. Entre outros, dois são os eixos fundadores desta universidade: Saúde Coletiva e Agroecologia.
Dessa forma, verifica-se a relevância da temática Saúde Ambiental nos Componentes Curriculares Regulares da Saúde Coletiva em um curso de medicina, uma vez que há prioridade de reflexão crítica sobre o mundo atual que vivencia uma trajetória crescente de destruição ambiental, gerando consequências diretas à saúde da população.
O ser humano interage, diuturnamente, com a natureza à qual pertence, seja produzindo meios para conservá-la, seja produzindo meios para destruí-la. A reflexão crítica é o papel diferenciador para a formação de profissionais provenientes de uma Universidade Pública que poderão dar sua contribuição na construção de um mundo melhor.
A UFFS é associada ao CEBES Nacional desde 2018 (http://cebes.org.br/2018/07/cebes-o-direito-a-saude-como-uma-politica-institucional-da-uffs/)